Sejam bem vindos!!!

"Reciclagem Conceitual"

Fazendo o teu olho enchergar a tua mente pensar teu cérebro raciocinar.
Despertando a tua inteligencia a descobrir e praticar o Amor de "dar", "doar-se" a cuidar da Vida como um sol a brilhar.
Levando-o humildemente retribuir cuidando do planeta fazendo seus sentimentos verdadeiramente mais felizes.
Isto e Amor de Amar.

Venham...vamos fazer Reciclaaação já!!!............... Charles sodniv

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Indústria ferroviária brasileira fatura R$ 4,2 bilhões em 2011!!!


Foto: Divulgação/Abifer
Faturamento cresceu mais que o esperado, superando em 35% o valor do ano anterior.
Com faturamento de R$ 4,2 bilhões em 2011, valor que supera em 35% o registrado em 2010, a indústria nacional comemora os bons resultados. A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) divulgou, nesta quinta-feira (26), os números consolidados do setor no ano passado e algumas projeções para 2012.

Em 2011 foram produzidos 5.616 vagões, contra 3.261 unidades em 2010. Este é o segundo melhor resultado da história, perdendo apenas para o ano de 2005, quando foi registrada uma produção de 7.597 unidades. Para 2012, o setor estima fabricar entre 3,5 e 4 mil vagões. “A projeção apresenta uma queda, mas é algo natural. O mercado funciona assim, é cíclico, com altos e baixos. Ainda assim, mantemos a previsão de produzir 40 mil vagões na década”, avalia o presidente da Abifer, Vicente Abate, em entrevista à Agência CNT de Notícias.

De acordo com a Abifer, a frota brasileira de vagões conta atualmente com cerca de 100 mil unidades sendo que, desses, entre 15 e 20% estão em idade avançada, acima de 40 anos, o que impulsiona as concessionárias a buscarem uma renovação de frota, o que reflete num estímulo à indústria. “Elas estão trocando os vagões antigos, não muito produtivos e que são muito pesados, por vagões que melhoram a produtividade devido à utilização de tecnologia. Os novos têm tara reduzida, peso menor e descarga automática”, explica.

Locomotivas
A quantidade de locomotivas produzidas também registrou grande salto. Passaram de 68 em 2010 para 113 no ano passado. Para o atual ano, a previsão é de que saiam das fábricas 110 unidades. “As locomotivas de menor capacidade têm sido substituídas por outras altamente modernas e também mais produtivas. As fábricas estão passando por uma fase de expansão no país, as duas maiores fabricantes do mundo já estão se instalando no Brasil, o que aponta uma tendência de crescimento para os próximos anos”, afirma Abate.

Carros de passageiros
Durante o ano, 336 carros de passageiros foram produzidos, uma queda impulsionada pela baixa das exportações motivada pela crise internacional. Em 2010, foram 430 unidades. Para 2012, a previsão é de 340 carros. “É uma queda considerada normal para épocas de troca de governo, seja estadual ou federal. A crise financeira mundial também nos afetou. Nos três anos anteriores, as exportações corresponderam a 30% do faturamento dessas indústrias, enviando carros para Nova Iorque, Santiago e Buenos Aires, por exemplo. Em 2011, esse valor não chegou a 10%”, pondera o dirigente da Abifer.

Segundo a Pesquisa CNT de Ferrovias 2011, o modal ferroviário é responsável por 20% do escoamento da produção nacional, participação que vem sendo ampliada ao longo dos anos. De 2006 para 2010, o crescimento foi de 16,3% - de 404,2 milhões de toneladas úteis (TUs) para 470,1 milhões de TUs.

Aerton Guimarães
Agência CNT de Notícias.



Rato-robô com cérebro de macaco sente o mundo ao seu redor!!!


As informações coletadas pelos bigodes, que se movem e vibram, alimentam o cérebro virtual, baseado no funcionamento real de cérebros de macaco.[Imagem: Nathan Lepora]
Percepção robótica

O aspirador de pó robotizado Roomba é o maior sucesso comercial da robótica doméstica até hoje.

É necessário acrescentar que ele é o único sucesso comercial da tão promissora robótica pessoal até hoje.

Os usuários gostam tanto dele que lhe dão nome, tratam-no como se fosse um mascote e fazem clubes de amigos dos seus robôs-limpadores-automatizados.

Cientistas ingleses não apenas embarcaram na onda, como também mostraram que esses robôs aspiradores de pó podem ser bem mais inteligentes e mais interativos.

Para isso, basta implantar bigodes de rato e um cérebro de macaco em um Roomba, dando-lhe um nível totalmente novo de "percepção robótica".

Próteses para robôs

É claro que os bigodes de rato são "próteses robóticas", compostos de fios ligados a sensores, e o cérebro de macaco é um cérebro virtual, um programa de computador, para ser mais claro.

Mas os resultados prometem deixar os donos de robôs domésticos ainda mais certos de que suas engenhocas são mesmo mascotes "vivos".

A equipe do professor Tony Prescott, da Universidade de Sheffield, já havia criado um rato-robô, onde foram aprimorados os bigodes sensoriais artificiais.

Rato-robô viabiliza estudos de cognição, emoção e autonomia
Como desenvolver a mecatrônica de um robô é complicado e caro, os pesquisadores deixaram de lado suas feias ratazanas robóticas e adotaram um Roomba.

O cérebro artificial foi desenvolvido criando um modelo matemático a partir dos padrões registrados no cérebro de macacos conforme eles faziam tarefas determinadas.

Devidamente acostumado com seus implantes, o robô agora não apenas limpa o chão, como também é capaz de reconhecer diferentes texturas da superfície, de pisos frios até os carpetes mais macios.
O robô com cérebro de macaco e bigodes de rato poderá ser útil para auxiliar na exploração de zonas atingidas por desastres. [Imagem: University of Sheffield]
Hipóteses biológicas

Segundo os cientistas, com seu novo cérebro, devidamente alimentado com os dados sensoriais dos seus bigodes, o Roomba é capaz de tomar decisões melhores do que qualquer outro método testado antes.

"Os animais superam de longe os robôs atuais em suas capacidades perceptuais. Usando técnicas de como o cérebro percebe o mundo, nós queremos desenvolver métodos para a percepção robótica que permitirá aos robôs interagir com o mundo de forma aprimorada," disse Nathan Lepora, responsável pelos "implantes".

A pesquisa também sugere que ratos e seus bigodes, devidamente munidos de um cérebro de macaco, conseguem reconhecer melhor os objetos e decidir melhor o que fazer com essa percepção.

"Este estudo em particular é voltado principalmente para testar hipóteses biológicas em robôs, em particular as teorias de tomada de decisão desenvolvidas com a gravação de informações do córtex visual dos macacos," explica o pesquisador.

Carinhos e socorro

O próximo passo do projeto será generalizar essas conclusões, dando ao robô outras sensações táteis além da textura, como formato dos objetos e sua posição em relação ao robô.

Nesse ritmo, os donos do Roomba logo poderão contar com novas gerações de robôs que demonstrem ficar felizes quando recebem carícias.

Já os pesquisadores estão mais interessados em aplicar o desenvolvimento na construção de robôs que possam entrar em ambientes desconhecidos para a realização de resgates em casos de acidentes.

É por isso que eles apostam nos bigodes de rato, que podem sentir o ambiente no escuro de forma mais simples e mais segura.

Bibliografia:

Optimal decision-making in mammals: insights from a robot study of rodent texture discrimination
Nathan F. Lepora, Charles W. Fox, Mathew H. Evans, Mathew E. Diamond, Kevin Gurney, Tony J. Prescott
Interface
January 25, 2012
Vol.: Published online before print
DOI: 10.1098/rsif.2011.0750
Inovação tecnológica!!!



Tinta inteligente monitora rachaduras em prédios e pontes!!!


A aplicação da tinta inteligente do Dr. Mohamed Saafi equivale a colocar sensores em toda a superfície da estrutura a ser monitorada.[Imagem: University of Strathclyde]
Tinta que detecta rachaduras

Acidentes como o que aconteceu recentemente no Rio de Janeiro, com a queda repentina de três prédios, poderiam ser evitadas com um monitoramento adequado.

Para isso vêm sendo desenvolvidos sensores e redes de sensores, capazes de avisar o surgimento da menor fissura na estrutura de qualquer construção, sejam edifícios, pontes ou mesmo ruas e estradas.

Microssensor perpétuo captura sua própria energia
Mas o professor Mohamed Saafi, da Universidade de Glasgow, na Escócia, inventou agora uma solução ainda melhor e mais barata: uma tinta capaz de detectar rachaduras.

Segundo ele, sua tinta pode detectar fissuras microscópicas, o que permite que ela seja usada, além de nos edifícios e nas pontes, em turbinas de vento, grandes estruturas metálicas e no interior de minas, para prever riscos de desabamento.

"Não há limites para onde ela possa ser usada, porque seu baixo custo lhe dá uma vantagem significativa em relação as opções atuais," diz o pesquisador.

Tinta inteligente

A tinta é fabricada a partir de um subproduto da queima do carvão, conhecido como cinza volante, que é acrescida com nanotubos de carbono perfeitamente alinhados.

Uma vez aplicada, ela substitui os sensores eletrônicos na detecção das microfissuras, com a grande vantagem de que a aplicação da tinta equivale a instalar sensores sobre toda a estrutura.

A menor rachadura na estrutura de nanotubos que se forma depois que a tinta seca altera a condutância do material, o que pode ser lido por meio de eletrodos simples - que podem ser dispostos em vários pontos ao longo da estrutura.

"A tecnologia atual é limitada porque monitora áreas específicas de uma estrutura a cada momento. Já a nossa 'tinta inteligente' cobre toda a estrutura, o que é particularmente útil para maximizar a prevenção de danos graves," diz o pesquisador.

Rede de alerta

Mas a emissão dos sinais de alerta continua exigindo uma rede de comunicação sem fios, com a vantagem de que seu baixíssimo consumo de energia pode ser suprido por nanogeradores ou por outro sistema de colheita de energia, dispensando as baterias.

O protótipo foi testado no monitoramento das pás e da base de concreto de uma turbina de vento.

Saafi calcula que sua tinta inteligente custe apenas 1% dos sensores exigidos pelas redes de monitoramento atuais.
Inovação tecnológica!!!

Grafeno é invisível para a água e opaco para a luz!!!


O esquema do experimento e a membrana de óxido de grafeno, com 1 micrômetro de espessura.[Imagem: Nair et al./Science]
Grafeno funcionalizado

O grafeno continua a mostrar suas estranhas e promissoras propriedades.

Depois de se mostrar invisível para a água quando posto sobre uma superfície, ele demonstrou ser impermeável para todos os gases e líquidos quando posto sobre um furo, ou seja, quando transformado em uma membrana.

De forma surpreendente, a equipe que ganhou o Prêmio Nobel de Física pela sua descoberta demonstrou também que a água se evapora através do grafeno praticamente como se ele não estivesse lá.

Está certo que não era exatamente grafeno puro, mas óxido de grafeno, ou grafeno funcionalizado - uma folha de grafeno coberta com moléculas do grupo hidroxila (OH-).

O óxido de grafeno forma laminados com várias camadas de espessura, mas ainda na categoria dos chamados filmes finos.

Invisível para a água

Quando um recipiente é selado com esse filme, nem mesmo o mais sensível equipamento existente consegue detectar a saída de ar ou de qualquer outro gás, incluindo o hélio.

O gás hélio consegue escapar lentamente mesmo quando é coberto por uma lâmina de vidro de 1 milímetro de espessura, mas não passa pelo filme de grafeno funcionalizado.

Mas coloque a incrível água lá dentro - e os cientistas estão longe de entender todas as propriedades da água - e ela evapora como se o filme de grafeno não estivesse lá.

Na verdade, a água se evapora exatamente na mesma velocidade, esteja a membrana lá ou não.

"Essa propriedade única pode ser usada em situações onde é necessário remover a água de uma mistura ou recipiente, mas deixando lá dentro todos os outros ingredientes," propõe a Dra. Irina Grigorieva, membro da equipe na Universidade de Manchester, no Reino Unido.
Nanodiscos de grafeno absorvem completamente a luz. [Imagem: PhysicsWorld]
Opaco para a luz

Uma outra equipe, em um trabalho independente, descobriu que o grafeno pode ser usado para criar um absorvedor perfeito de luz.

Ou seja, se ele é transparente para a água, o grafeno não deixa nenhuma luz passar quando é cortado em círculos e montado em uma estrutura periódica.

Isto pode levar ao desenvolvimento de novos aparelhos detectores de luz, particularmente na região do infravermelho, justamente onde as tecnologias atuais não se dão bem.

O que surpreendeu nesta descoberta é que os materiais convencionais precisam ter uma espessura de milhares de átomos para absorver completamente a luz. O grafeno faz isto com uma camada de um único átomo.

"A camada em questão é feita com grafeno disposto em uma estrutura periódica de nanodiscos," explica o Dr. García de Abajo, do Instituto de Pesquisas Fotônicas, na Espanha, coordenador da equipe.

A estrutura confina a luz em regiões que são centenas de vezes menores do que o comprimento de onda da luz, o que ocorre graças aos plásmons de superfície, oscilações coletivas quantizadas de elétrons no interior do nanodisco.

Para que o mecanismo funcione, o grafeno deve estar eletricamente carregado. E o comprimento de onda - a cor da luz - que o grafeno retém depende da intensidade dessa carga elétrica.

Bibliografia:

Unimpeded Permeation of Water Through Helium-Leak-Tight Graphene-Based Membranes
R. R. Nair, H. A. Wu, P. N. Jayaram, I. V. Grigorieva, A. K. Geim
Science
Vol.: 335 no. 6067 pp. 442-444
DOI: 10.1126/science.1211694

Complete Optical Absorption in Periodically Patterned Graphene
Sukosin Thongrattanasiri, Frank H. L. Koppens, F. Javier García de Abajo
Physical Review Letters
Vol.: 108, 047401
DOI: 10.1103/PhysRevLett.108.047401
Inovação tecnológica!!!



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Astrofísica: As 3 perguntas mais frequentes!!!


Esteja na sala de aula, em uma festa ou conversando com visitantes do planetário onde trabalha, Charles Liu sabe que cedo ou tarde alguém vai fazer uma dessas três questões.
“Eu nunca estive em um local público onde as pessoas soubessem o que eu faço e ninguém perguntasse algo do tipo”, comenta o cientista. Ele é professor de astrofísica e trabalha no planetário Hayden.
Ao longo dos anos, Liu desenvolveu algumas respostas muito sólidas, baseadas em evidências científicas e em sua opinião, para essas três questões. Aqui vão elas:
EXISTE UM DEUS?
“O que eu digo para as pessoas é que a ciência, em geral, e a astronomia, em particular, não ficam pensando se existe ou não um Deus. Na ciência, as conclusões são tiradas a partir de evidências e confirmações de previsões, e é isso que diferencia o conhecimento científico do não científico.
Recentemente, o Papa Bento disse algo do tipo: ‘A teoria do Big Bang é a prova de que Deus existe’. Na verdade não é. É só uma prova de algo aconteceu no começo do universo, quando não havia tempo ou espaço, e então começou o tempo e o espaço. Para muitas pessoas, as descobertas astronômicas confirmam o que elas já pensavam: que Deus está lá. E para muitos outros, as descobertas dos astrônomos confirmam o que eles já pensavam, que Deus é desnecessário – que Deus não existe.
Então o Big Bang não prova realmente que Deus ou deuses existem ou não, ou se um monstro voador de espaguete é real ou não; é simplesmente muito, muito legal.
“Uma última coisa sobre essa pergunta: as pessoas perguntam, ‘bem, o que você acha?’. E eu digo, ‘eu não sei’. Eu penso que o universo é lindo, complexo e fascinante. E eu não vi nenhuma evidência que mostre um ser divino onisciente no controle do universo. Mas não há nada que diga que isso não existe, também”, conta.
EXISTEM ALIENÍGENAS?
“Sim. O universo é tão vasto e as leis da natureza tão consistentes que as chances da vida se desenvolver em apenas um local é essencialmente zero. Se a vida apareceu em um lugar, tem que ter aparecido em outros”, diz.
Então, os extraterrestres existem? Sim. Mas eles pousaram na Terra? Não. Nenhuma das chamadas evidências extraterrestres aqui na Terra passou por um teste científico rigoroso.
Vamos, em algum dia, fazer contato com eles? Desde o advento do rádio, sinais são enviados da Terra e viajam cerca de 50 anos-luz, ou 430 trilhões de quilômetros. Mas só a nossa galáxia tem quase 900 trilhões de quilômetros. Então os sinais de rádio teriam que viajar muito mais para pegar pelo menos uma fração da Via Láctea. Então um civilização em algum lugar da nossa galáxia teria quase nenhuma chance de captá-lo, a não ser que estivesse muito perto.
E, ao mesmo tempo, com todos nossos esforços, quase não conseguiríamos detectar sinais de rádio de uma estrela próxima, muito menos uma distante. Então existem chances de conseguirmos fazer contato com vida extraterrestre? “Sempre é possível, mas as chances são muito, muito remotas”, explica.
O ACONTECERIA SE EU CAÍSSE EM UM BURACO NEGRO?
“Essa é uma pergunta dividida em duas. Aqui na Terra, nós temos as marés. Elas funcionam basicamente com a lua puxando mais um lado da Terra, e como resultado o globo se alonga levemente, dependendo da posição do satélite. Mas a Terra é robusta, então você não a vê se movendo muito, mas a água é líquida, fluindo para o lado alongado”, diz.
Agora, quando você chega perto de um buraco negro, essa interação é aumentada absurdamente. Se você fosse, por exemplo, pular de ponta no buraco, o topo da sua cabeça sentiria muito mais a força gravitacional, até que você parecesse pasta de dente saindo do tubo. Eventualmente você viraria um amontoado de partículas subatômicas que são sugadas para dentro do buraco negro.
O que pode ser ainda mais interessante de se pensar é o que acontece se você entra em um buraco negro e de algum modo consegue não ser estraçalhado. Acontece que, quanto maior o buraco, menos extrema sua superfície é. Se você tem um buraco negro, digamos, do tamanho da Terra, com certeza iria virar espaguete. Mas se ele for do tamanho do sistema solar, então as forças no “horizonte do evento” – isso é, o ponto sem retorno do buraco negro – não são assim tão fortes. Nesse caso, você até poderia manter a integridade.
Nessa situação, o que acontece quando você começa a experimentar os efeitos da curvatura do tempo e do espaço, prevista pela teoria geral da relatividade de Einstein? Primeiro de tudo, você se aproximaria da velocidade da luz, conforme entra no buraco negro. Então, quanto mais rápido você se movesse pelo espaço, mais devagar se moveria o tempo.
E ainda mais, conforme você cairia, coisas estariam caindo na sua frente experimentariam uma dilatação temporal ainda maior. Então se você olhasse para frente, veria cada objeto que caiu lá no passado. E se você olhasse para trás, conseguiria ver tudo que um dia vai cair atrás de você. O ponto é: você veria a história inteira daquele ponto do universo simultaneamente, do Big Bang até o futuro distante. Incrível, não?
Hypescience!!!




sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Descoberto o primeiro mamífero iridescente do mundo!!!


A iridescência – um fenômeno luminoso causado por diferentes formas de refração da luz, que forma um arco íris na superfície – acaba de ser detectada na pele de toupeiras douradas.

Além dos “olhos brilhantes” dos mamíferos noturnos, a descoberta marca a primeira evidência de iridescência em mamíferos. E outra surpresa: as toupeiras douradas são completamente cegas.

“Elas são muito sedosas, e tem quase uma aparência metálica e brilhante, com cores que vão do azul ao verde”, comenta o coautor do estudo, Matthew Shawkey.
Shawkey pensou em estudar as toupeiras douradas depois que uma aluna dele, Holly Snyder, escreveu sua tese sobre a iridescência. Snyder é a autora principal do novo estudo.

Para que ele fosse realizado, os cientistas pegaram pelos de quatro espécimes da toupeira. Usando equipamentos altamente tecnológicos, como microspia de elétrons, eles analisaram as estruturas dos pelos, até os mínimos elementos.

E eles determinaram que os pelos são sim iridescentes. Em seguida, descobriram que cada pelo tem um formato achatado com pouca escala cuticular, o que oferece uma superfície boa para a reflexão. As escalas formam camadas múltiplas de luz.

Modelos ópticos sugerem que essas camadas agem como refletores que produzem a cor a partir da interferência da luz. A sensitividade desse mecanismo explica a variedade de cores.

O que permanece um mistério é porque animais cegos têm esse pelo tão cativante.
Os ancestrais das toupeiras tinham visão, então é possível que a iridescência seja uma herança desses tempos. “Entretanto, esses animais já estão consideravelmente longe de seus ancestrais, então tem que haver algum tipo de pressão seletiva, para manter sua cor intacta”, comenta Shawkey.

Outra possibilidade é que o pelo afasta predadores. Mas Shawkey diz que o brilho “os deixaria mais atraídos”, gerando o efeito inverso. As toupeiras não são venenosas, então a coloração não serve como aviso de perigo.

Os pesquisadores realmente pensam que a iridescência é um produto da composição do pelo, já que sua estrutura permite aos animais uma boa circulação pela lama e areia.

“Muitas das nanoestruturas que produzem as cores iridescentes têm propriedades não ópticas, como rigidez e repelimento da água”, explica Shawkey. “No caso das toupeiras, claramente não há uma função de comunicação, então é um produto do pelo”.

A iridescência existe há pelo menos 50 milhões de anos, desde que besouros com essa coloração única foram descobertos. Um pássaro iridescente, com pelo menos 40 milhões de anos, também foi documentado, assim como antigas conchas. Hoje alguns pássaros, cobras e peixes apresentam o fenômeno.

No futuro, Shawkey e sua equipe esperam estudar melhor a iridescência, e enter sua função nas toupeiras e em outros espécies.
Hypescience!!!

46 novas espécies são encontradas na densa floresta do Suriname!!!


“Sapo Cowboy”
O “sapo cowboy” da foto no topo do artigo (Hypsiboas sp.), que ganhou esse nome por causa das franjas nas pernas e da espora na “pata”.

 O anfíbio foi descoberto durante uma saída noturna, em uma área pantanosa do rio Kutari.

Uma pesquisa revelou 46 novas espécies no Suriname. Elas foram descobertas em um expedição dentro do país com uma das mais densas florestas tropicais do mundo.

“Nossa equipe é privilegiada de estudar uma das últimas áreas selvagens vastas e intocáveis no mundo”, comenta Trond Larsen. “Como cientista, é emocionante estudar essas florestas remotas onde diversas descobertas estão nos esperando, especialmente quando se acredita que devemos proteger esses territórios para manter a biodiversidade e os ecossistemas do planeta, necessários para as gerações que virão”.

A expedição, que durou três semanas, passou por três locais remotos ao longo dos rios Kutari e Sipaliwini, perto da vila de Kwamalasumutu, entre agosto e setembro de 2010.

O objetivo era catalogar a vida selvagem e ajudar a desenvolver o ecoturismo sustentável entre os indígenas locais. Fizeram parte dela 53 cientistas, indígenas e estudantes.

“Água esteve na expedição inteira”, comenta Larsen. “Após subir o rio de bote por muitas horas, nós montamos um acampamento na floresta. Nossa cozinha, construída com pedaços de madeira, foi levada embora poucos dias depois, por culpa das fortes chuvas”.
“Nossa decida diária das tendas para o local de refeições virou um jogo de escorregar e cair. Em um dos dias, quando escorreguei, consegui me segurar em um galho, para descobrir depois que ele estava coberto de espinhos.

Após alguns dais, nossas roupas estavam espalhadas pelo local, na esperança de um pouco de sol que pudesse secá-las. Uma noite, quando entrei em minha barraca, vi meu saco de dormir com uma formiga-cabo-verde (formiga bala) dentro, que tem esse nome pela dor absurda que sua picada causa, durante 24 horas”, conta.

Apesar desses desafios, os pesquisadores documentaram quase 1.300 espécies, entre uma diversidade incrível de plantas, peixes, répteis, anfíbios, pássaros, pequenos mamíferos, formigas, libélulas e besouros.

Entre as espécies, estão:
Um bagre “com armadura” (Pseudacanthicus sp.), com as placas ósseas externas cobertas com espinhos para se defender das piranhas gigantes que habitam as mesmas águas. Um dos guias locais da expedição estava quase comendo essa espécie até que os cientistas notaram as características únicas e o preservaram.

Poucos são conhecidos no Suriname, e esse é o primeiro encontrado no rio Sipaliwini. “Nós trabalhamos muito perto do povo Trio, que depende principalmente de caça e pesca”, afirma Larsen. “Eles pescaram e comeram muitos peixes durante nossa expedição, incluindo uma grande variedade de bagres.
Uma vez que você tira os espinhos, imagino que deve ter um gosto comum”;
O “sapo Pac-Man” (Ceratophrys cornuta), um predador que usa a técnica “sentar e esperar”, com uma boca enorme que o permite engolir uma presa quase do seu tamanho, incluindo pássaros, ratos e outros sapos.

Um dos pesquisadores estava usando coleiras para rastrear pássaros, e acabou encontrando o animal e a coleira na barriga do sapo;
O “grande besouro de chifre” (Coprophanaeus lancifer) tem o tamanho de uma tangerina e pesa mais de seis gramas.

Tem cor metálica azul e roxa. Os machos e as fêmeas têm chifres, que usam em conflitos.
Para ver fotos de outros animais descobertos clique aqui.

Os cientistas também descobriram extensas cavernas rochosas, perto da vila de Kwamalasamutu, em uma região conhecida como Werehpai, o local de vida humana mais antigo do sul do Suriname, com estimativas recentes que sugerem a habitação há 5 mil anos.

A Conservação Internacional está trabalhando com as comunidades locais para preservar e promover Werehpai e o ecoturismo, já que aqui está a maior concentração de cavernas rochosas da Bacia Amazônica.

“A natureza intocada e a cultura de Kwamalasamutu a tornam um destino único para turistas mais aventureiros, que gostam de caminhadas ao longo da floresta tropical, em busca de fauna e flora”, comenta Annette Tjon Sie Fat, diretora do programa da Conservação Internacional no Suriname.

Os pesquisadores vão voltar ao Suriname em março, para continuar a exploração.
“É necessário documentar e entender sua biodiversidade, para que possamos protegê-la, mas um dos pontos mais importantes da expedição foi a chance de trabalhar com a comunidade local, a Trio”, afirma Larsen.
“Nossas descobertas vão ajudar os Trio a promover o ecoturismo sustentável, oferecendo novas oportunidades econômicas ao mesmo tempo que mantém a conservação dos ecossistemas.

Nossos cientistas trabalharam com vários estudantes do país, durante a expedição, oferecendo um treinamento de valor para a próxima geração de biólogos e conservacionistas”.
Hypescience!!!




segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Dioxina " Cancerigina"


Fenômeno: cometa sendo engolido pelo sol é flagrado pela primeira vez!!!


Na astronomia, existe um grupo de cometas suicidas que mergulham em direção ao sol: são os chamados “Kreutz sungrazer” (literalmente, arranha-sol de Kreutz).

Em dezembro, foi registrado pela primeira vez que um desses cometas passou pela coroa solar e sobreviveu para contar a história.

Agora, câmeras da NASA captaram um desses corpos celestes sendo destruído, passo a passo, devido à proximidade do sol.

Eles recebem esse nome em homenagem a um astrônomo alemão do século XIX, Heinrich Kreutz, que verificou que a órbita de tais cometas os levava a ingressar na coroa solar, que seria uma espécie de atmosfera do nosso astro.

O cometa protagonista da vez chama-se “Cometa Kreutz C/2011 N3”. Na verdade, ele foi observado no dia 4 de julho do ano passado e despedaçado pela proximidade com a nossa estrela apenas dois dias depois, mas só nesta quinta-feira os cientistas da NASA anunciaram sua observação e relataram os resultados.

Quando o cometa foi localizado a caminho do sol, media cerca de 50 metros de comprimento e pesava cerca de 60 mil toneladas métricas.

Sua cauda luminosa, que se estendia por 10 mil quilômetros, explica como os astrônomos conseguiram encontrar um corpo relativamente pequeno diante da imensidão do sol. O cometa viajava a 2,1 milhões de quilômetros por hora.

Todo o trajeto fatal foi acompanhado durante os dois dias, até dez minutos antes de sua desintegração. Nesse ponto, os astrônomos viram que o cometa perdeu rapidamente algo entre 700 mil e 70 milhões de quilos, e acabaria se desfazendo em pedaços que vaporizaram.

O Kreutz C/2011 N3 morreu completamente quando estava a cerca de 100 mil quilômetros da superfície do sol – o que é relativamente perto, segundo os cientistas.

A principal importância de estudar a fragmentação dos cometas, conforme explica a NASA, é descobrir mais sobre a composição material destes corpos celestes. Nos últimos 15 anos, calcula-se que cerca de 1.400 cometas mergulharam em direção ao sol, mas ainda não havia recursos suficientes para analisá-los.

Agora, um estudo mais avançado pode revelar respostas não apenas sobre os cometas, mas também sobre como se comporta a superfície solar e se há algo nesse quesito que possa influenciar a Terra.
Hypescience!!!

sábado, 21 de janeiro de 2012

6 maneiras simples de afiar sua memória!!!


Você tem problema em lembrar o que comeu ontem no almoço? Não se preocupe, caso não seja mais criança, é natural: tanto a memorização recente quanto a antiga tendem a piorar conforme envelhecemos.

Mas quanto mais os neurocientistas estudam a memória, mais nós conseguimos reverter – ou retardar – esse processo. Conheça seis ferramentas para tirar a “névoa” do seu cérebro:

1 – ACORDE E CHEIRE ALECRIM
Cientistas descobriram que o olfato pode afetar profundamente as habilidades cognitivas. Em um estudo de 2003, psicólogos fizeram testes de memória, atenção e reação, com 144 voluntários. Alguns desse ocorreram em uma sala sem cheiro, alguns em uma com cheiro de lavanda e outros em uma com cheiro de alecrim.

Aqueles na sala cheirando a alecrim se realizaram melhores testes de memorização, enquanto os na com cheiro de lavanda se saíram piores do que nas outras duas salas.

Os participantes na sala de alecrim afirmaram estarem mais alertas do que aqueles na sala sem cheiro, enquanto na sala de lavanda eles se mostraram menos alertas.

Se você quer usar melhor sua memória, experimente colocar uma planta de alecrim na sua janela, e evite usar óleos ou produtos com lavanda!

2 – COMER PARA PENSAR
Todos querem envelhecer bem, por dentro e por fora. Não é novidade quando os cientistas afirmam que uma boa dieta faz a diferença entre você estar jovem com 70 anos e “acabado” com 40.

Para manter sua memória saudável conforme envelhece, os cientistas recomendam alimentos ricos em antioxidantes, como maçã, banana, vegetais verde-escuros, alho e cenoura.

Os antioxidantes são moléculas que se ligam facilmente e neutralizam elétrons conhecidos como “radicais livres”, que estão na corrente sanguínea. Os radicais livres se acumulam no sangue com o envelhecimento, e podem matar as células cerebrais – a não se que você os mate antes.

O cérebro também é constituído por gorduras saudáveis, incluindo a mais importante delas, ômega-3. Para que o órgão consiga se reparar e manter os neurônios em bom estado, você precisar disponibilizar os materiais certos. O ômega-3 está presente em alguns peixes e castanhas.

Seu cérebro pode querer uma sobremesa também. Pesquisas mostram que o chocolate pode melhorar a memória e a cognição, por se rico em antioxidantes, os flavonoides. Mas não exagere: o chocolate é recheado de açúcar e gordura saturada, que pode deixar você, também, “recheado”.

3 – SUCO DE FRUTAS PARA O CÉREBRO
Ninguém ainda sabe direito porque, mas pesquisas demonstram que mascar chicletes pode melhorar a memória. Um estudo de 2002, realizado no Reino Unido, descobriu que os mascadores foram melhores em testes de memória de longo e curto prazo, em comparação com aqueles de boca vazia.

Durante o resto da década, cientistas tentaram entender se isso era realmente válido. Algumas variações do estudo não atingiram o mesmo resultado em testes cognitivos, enquanto a maioria das experiências desse tipo identificou um efeito pequeno, mas significativo.

Os especialistas têm várias hipóteses para explicar o efeito. Talvez, mascar chicletes faça seus fluídos circularem melhor, ao aumentar os batimentos cardíacos, ou afeta a região do cérebro conhecida como hipocampo, ao fazer o corpo liberar insulina como preparação para a digestão. Qualquer que seja o motivo, masque chicletes se precisar de memória.

4 – JOGOS MENTAIS
Para manter o cérebro em forma, faça-o suar. Pensar bastante realmente melhora a memória e a cognição. O mercado já entendeu isso. É só olhar a quantidade de jogos para “desenvolver o cérebro”.

O programa “Lumosity”, desenvolvido com a ajuda de neurocientistas e psicólogos cognitivos, foi desenvolvido especificamente para ajudar pessoas mais velhas a melhorar a memória, concentração, foco e até o humor.

Um registro online gratuito dá acesso a mais de 30 jogos; um registro pago dá direito a você analisar seu progresso e ter uma análise dos resultados.

Mas, claro, você sempre pode apelar para os clássicos testes mentais, como Sudoku e palavras cruzadas, que desafiam a lógica e a memória.

5 – DURMA O NECESSÁRIO
Você pode desligar a luz, mas seu cérebro não. Quando você dorme, ele fica repassando as memórias do dia, e as coloca no depósito.

Pelo menos é isso que pesquisas de laboratório sugerem. Enquanto ratos dormem, duas regiões cerebrais – o hipocampo e o córtex, uma região envolvida na recuperação de memórias de um passado distante (em ratos e humanos) – fazem uma revisão acelerada dos eventos do dia. Pensa-se que esse processo é importante para consolidar e guardar as memórias formadas.

E como consequência, uma noite sem dormir vai causar uma bagunça na memória, e ela será quase impossível de ser arquivada mais tarde.

6 – FAÇA EXERCÍCIOS
Exercícios físicos não criam apenas músculos, ajudam a massa cinzenta também. Pesquisas mostram que o centro de memória do cérebro encolhe com a idade, mas um estudo do ano passado descobriu que pessoas mais velhas que praticam caminhadas rotineiras conseguem ganhar volume.

Na pesquisa, 60 pessoas entre 55 e 80 anos fizeram três caminhadas de 40 minutos por semana – o suficiente para aumentar o ritmo cardíaco. Outros 60 participantes fizeram exercícios de tonificação, como musculação, yoga e alongamento, pelo mesmo tempo.

O segundo grupo, após um ano, teve uma redução no volume do hipocampo de 1%, na média. Em contraste, o primeiro grupo ganhou 2% de volume, revertendo o processo de encolhimento em dois anos.

Cientistas acreditam que esses benefícios acontecem porque o exercício provoca um pequeno stress, que por sua vez impulsiona a produção de fatores do crescimento no cérebro.

Isso também pode ser consequência de uma maior circulação sanguínea, o que significa mais nutrientes e oxigênio. Um ou outro, a pesquisa demonstra que envelhecer não é uma via de apenas uma mão.
Hypescience!!!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Pesquisadores transformam ratos em ciborgues!!!


Mal de Parkinson, derrames e outras desordens do sistema nervoso ainda são objeto de muito estudo para a medicina e para a tecnologia. Cientistas israelenses estão desenvolvendo um projeto que pode fazer avanços em ambas as áreas com benefício aos tratamentos cerebrais. Áreas danificadas do cérebro de ratos são substituídas por microchips que desempenham a mesma função, e transformam os roedores em pequenos ciborgues.

A ideia, conduzida por cientistas da Universidade de Tel Aviv (Israel), é simples: procurar um meio eficaz de repor, através de dispositivos eletrônicos, partes do cérebro que deixaram de funcionar corretamente. Para isso, é preciso que tal mecanismo esteja conectado com o conjunto cerebral e se torne parte dele.

O teste do dispositivo foi feito através do princípio do reflexo condicionado: programar o cérebro para reagir a um estímulo mesmo depois que o estímulo não for mais real.

Neste caso, os ratos eram colocados em frente a um aparelho que emitia determinado som, e em seguida soltava um jato de ar, que os fazia piscar os olhos. Com o tempo, eles passaram a piscar os olhos ouvindo apenas o som, sem a necessidade do jato de ar.
Se os ratos apresentavam dano no cerebelo, contudo, o movimento de piscar os olhos jamais era aprendido por conta própria, porque a função motora estava danificada. O foco do trabalho, portanto, foi desenvolver um chip que recuperasse aos cérebros prejudicados a capacidade de aprender movimentos.

E o resultado foi um sucesso: pôde-se perceber que os ratos, a partir da implantação do chip, respondiam aos estímulos dos pesquisadores devido à intervenção do mecanismo eletrônico, e não de nenhuma outra área do cérebro.

Seria possível, usando esse princípio, substituir qualquer setor danificado do sistema nervoso por um chip. Mas a execução desse plano em seres humanos ainda requer enormes desafios.
Hypescience!!!

O nano-ouvido é formado por uma única nanopartícula de ouro mantida em um estado de levitação por um raio laser.[Imagem: Ohlinger et al./PRL]
Som do silêncio

Que ruído faz uma pulga ao andar? Que tipo de onda sonora emite uma bactéria ao se mover?

Cientistas da Universidade de Munique criaram um "nano-ouvido", o mais sensível sensor acústico já criado, que é capaz de detectar esses e outros sons em um mundo até hoje encarado como absolutamente silencioso, muito abaixo do limiar do ouvido humano.

Segundo os pesquisadores, o novo sensor acústico pode abrir um campo de pesquisas totalmente novo, que eles de chamam de "microscopia acústica", no qual os organismos serão estudados pelos sons que eles emitem.

O nano-ouvido dará novas informações sobre movimentos, até agora imperceptíveis, de células, organelas de células, ou de objetos microscópicos artificiais.

"Com nosso nano-ouvido nós construímos um nanomicrofone que nos permitiu chegar mais perto do que nunca dos objetos microscópicos," afirmou Alexander Ohlinger, um dos criadores do aparelho.

Menor ouvido do mundo

O nano-ouvido é formado por uma única nanopartícula de ouro mantida em um estado de levitação por um raio laser.

Ondas sonoras em escalas inimaginavelmente pequenas são suficientes para fazer a nanopartícula se mover - a partícula oscila paralelamente à direção da propagação do som.

A magnitude desse movimento pode então ser detectada pela influência que ele causa sobre a luz do laser.

Isso permitiu que os cientistas ouvissem sons até então imperceptíveis - na verdade, eles conseguem "ver os sons", observando os gráficos produzidos pelo aparelho.

O equipamento de captação dos "infra-sons" consiste em um microscópio de campo escuro e de uma câmera digital comum, um aparato sem qualquer tecnologia futurística, apenas tirando proveito da tecnologia das chamadas pinças ópticas.

O nano-ouvido - ou nano-orelha - consegue detectar níveis sonoros de aproximadamente -60 dB, o que é cerca de um milhão de vezes mais sensível do que o limite de audição do ouvido humano - por definição estabelecido como 0 dB.

Bibliografia:

Optically Trapped Gold Nanoparticle Enables Listening at the Microscale
Alexander Ohlinger, Andras Deak, Andrey A. Lutich, Jochen Feldmann
Physical Review Letters
Vol.: 108, 018101
DOI: 10.1103/PhysRevLett.108.018101
Inovação tecnológica!!

US$10 milhões para quem inventar um tricorder!!!


O primeiro tricorder antecipava, em 1966, os então ultramodernos gravadores de fita cassete. [Imagem: Cortesia CBS Studios Inc.]
Métricas da saúde

Um prêmio de US$ 10 milhões (R$ 18 milhões) está à espera de quem consiga criar um "tricorder" médico, um aparelho de diagnóstico similar ao usado pelo Dr. McCoy, da série Jornada nas Estrelas.

O Qualcomm Tricorder X Prize está desafiando cientistas e engenheiros a construir uma ferramenta capaz de capturar "as métricas-chave da saúde e diagnosticar um conjunto de 15 doenças".

Ele precisa ser leve o suficiente para que os candidatos a Dr. McCoy possam levá-lo a tiracolo - um peso máximo de 2,2 kg.

De acordo com o manual técnico oficial de Jornada nas Estrelas, um tricorder é um "aparelho portátil de sensoriamento, computação e comunicações de dados".

O aparelho capturou a imaginação de milhões de espectadores do filme quando foi usado pela primeira vez na primeira transmissão da série, em 1966.

No episódio, que ocorria no século 23, o médico da equipe usou o tricorder para diagnosticar uma doença simplesmente fazendo uma varredura do corpo de uma pessoa.

Fato científico

Os organizadores do prêmio esperam que o enorme quantia em dinheiro possa inspirar os engenheiros de hoje a descobrir o segredo do gadget sci-fi, e "fazer a ficção científica do século 23 virar uma realidade para os médicos do século 21".

"Eu provavelmente sou o primeiro cara que que ficaria feliz em perder US$ 10 milhões", brincou o presidente da X Prize Foundation, Peter Diamandis.

Enquanto o tricorder ainda é coisa de ficção científica, outros prêmios X Prizes já se tornaram fato científico.

Em 2004, o Ansari X Prize para uma espaçonave reutilizável privada foi concedido à equipe que construiu a nave SpaceShipOne.

Grande parte da tecnologia desenvolvida para ganhar o prêmio foi posteriormente utilizado pela Virgin Galactic, uma das parceiras da NASA na nova era de exploração espacial privada.

Saúde wireless

Ao comentar o prêmio, o professor Jeremy Nicholson, chefe do departamento de cirurgia e câncer no Imperial College de Londres, afirma não acreditar que alguém possa ganhar os US$10 milhões em um futuro próximo.

"Os desafios são: o que você vai detectar, quais são as amostras que você pode colher e como juntar tudo em um único aparelho?", afirmou.

Mesmo se o aparelho puder ser construído, continuou ele, os testes e a obtenção da aprovação para uso médico podem levar muito mais tempo.

Mas o Sr. Diamandis, aquele que ficaria feliz em pagar o prêmio, afirma que o simples fato de o prêmio existir poderia transformar o setor de saúde.

"Não é uma solução pontual. O que estamos procurando é o lançamento de uma nova indústria", disse ele.

"O tricorder que foi usada por Spock e Bones inspira uma visão de como a saúde será no futuro. Ela será sem fio, móvel e minimamente ou não-invasiva," prevê Diamandis.

Se serve como consolo para aqueles que pensam em ganhar o prêmio, pelo menos uma característica do tricorder de Jornada nas Estrelas não precisará estar presente.

"Nós não temos uma exigência de que o aparelhinho faça um zumbido," brincou Diamandis.
Inovação tecnológica!!!

Átomos agem à distância durante reações de oxidação!!!


Usando simulações de computador e experimentos de laboratório, os cientistas descobriram que o comportamento de um átomo na superfície do aglomerado pode ser afetado por um átomo ainda distante. [Imagem: William Casey/UC Davis]
Tecnologias verdes

Cientistas estão propondo uma maneira totalmente nova de pensar sobre as reações químicas.

Mais especificamente, sobre as reações químicas entre a água e óxidos metálicos, os minerais mais comuns na Terra.

O novo paradigma pode não apenas mudar, mas melhorar a compreensão de fenômenos hoje tidos como bem-compreendidos, como a oxidação e a corrosão de metais, ou como minerais tóxicos permeiam as rochas e o solo para contaminar as águas subterrâneas.

A nova teoria também pode ajudar no desenvolvimento das tecnologias "verdes" do futuro, como novos tipos de baterias, ou catalisadores para a separação da água para produzir hidrogênio como combustível.

Mudança global

"Esta é uma mudança global na forma como se deve ver estes processos," explica William Casey, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, que chegou a uma nova compreensão das reações de oxidação juntamente com seu colega James Rustad.

Até agora, ao estudar as interações da água com aglomerados de óxidos metálicos, os cientistas tentavam analisar átomos individuais, para avaliar a sua reatividade.

Mas "nada disso realmente fazia sentido", diz Rustad, desafiando os livros-texto.

Usando simulações de computador desenvolvidas por Rustad, e comparando as animações resultantes com experimentos de laboratório feitos por Casey, os dois descobriram que o comportamento de um átomo na superfície do aglomerado pode ser afetado por um átomo ainda distante.

Ação à distância

Os físicos já se acostumaram com a ação fantasmagórica à distância de partículas sob a ação do entrelaçamento quântico.

Mas aqui o fenômeno parece ser totalmente novo.

Em vez de se mover ao longo de uma sequência de formas de transição, como se assume, os óxidos metálicos interagem com a água passando por vários "estados meta-estáveis" - intermediários de curta duração, afirmam os dois cientistas.

Por exemplo, em uma das animações, uma molécula de água se aproxima de um átomo de oxigênio na superfície de um aglomerado de moléculas de um metal.

O oxigênio repentinamente se afasta de seu átomo vizinho, ligando-o ao meio do aglomerado, e salta para a molécula de água.

Então a estrutura entra em colapso, voltando à sua formação original, ejetando um átomo de oxigênio e incorporando o novo.

"A medição da troca de oxigênio por essas estruturas sugere uma nova visão do relacionamento entre a estrutura e a reatividade na interface óxido/solução," afirmam os cientistas.

Bibliografia:

Metastable structures and isotope exchange reactions in polyoxometalate ions provide a molecular view of oxide dissolution
James R. Rustad, William H. Casey
Nature Materials
10 January 2012
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nmat3203
Inovação tecnológica!!!

Cianobactéria é testada como matéria-prima para biodiesel!!!


Cianodiesel

Pesquisadores brasileiros estão estudando a utilização de cianobactérias como matéria-prima para a produção de biodiesel.

Na semana passada, pesquisadores suíços anunciaram um progresso significativo na utilização desses microrganismos na criação de células fotoeletroquímicas que imitam a fotossíntese.

Os cientistas da USP querem extrair o lipídeo que se acumula nas células deste tipo de bactéria para transformá-lo em óleo diesel.

O novo potencial combustível recebeu o nome de cianodiesel.

O combustível deriva de um dos elementos vivos mais antigos existentes na natureza, as cianobactérias, elemento microbiano de aplicações biotecnológicas variadas e de potencial de desenvolvimento ilimitado.

Bactérias fazem fotossíntese

Os pesquisadores buscam uma matéria-prima alternativa mais viável, tanto economicamente como também mais abundante, e que não envolva concorrência com os alimentos, como o etanol hoje produzido a partir do milho e da cana-de-açúcar.

Enquanto o milho produz 168 litros de óleo por hectare plantado, microrganismos fotossintetizantes podem produzir algo em torno de 140.000 litros por hectare.

"A diferença [é] que não há necessidade de área cultivável e a colheita é contínua,", afirma Caroline Pamplona, membro do grupo no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba.

A pesquisadora acrescenta que a necessidade nutricional das células é simples, o período de produção de biomassa é curto e a concentração de óleo pode chegar a 50%.

"Portanto, produzir biodiesel a partir de cianobactérias pode ser vantajoso," explica. "Outro importante benefício é a utilização de águas residuais e marinhas no cultivo das bactérias".

Clima bom para bactérias

Detentor da tecnologia, que vem sendo continuamente aprimorada, o laboratório Cena, possui uma coleção de culturas com mais de 500 linhagens, procedentes dos mais diversos biomas, tais como manguezais, caatinga, mata atlântica, amazônia e pantanal.

"O clima do Brasil favorece o cultivo de cianobactérias. Além disso, o país apresenta uma grande diversidade desses organismos potenciais para utilização como matéria-prima na síntese do biodiesel", completa Caroline.

A pesquisadora acredita no aproveitamento das propriedades das cianobactérias, que poderão ser grandes geradoras de energia no futuro.

"A engenharia genética pode contribuir com o desenvolvimento de sistemas biológicos novos e mais eficientes, aumentando a viabilidade do cianodiesel", aponta.

Desafios

A tendência de aumento do uso do biodiesel sinalizada pelos órgãos governamentais tem incentivado a busca de fontes renováveis alternativas, menos poluentes e provenientes de recursos naturais.

Feito a partir de óleos vegetais e animais, o tipo de biodiesel mais comum hoje existente resulta de derivados agrícolas, motivo de preocupação dos governos devido o receio de escassez de alimentos.

"Porém, a transição será demorada e enfrentará diversos desafios tecnológicos e políticos," alerta a pesquisadora.
Inovação tecnológica!!!

Robôs cirurgiões agora em versão open-source!!!


Os primeiros seis robôs open-source Raven - aqui são vistos três deles - estão sendo despachados para as universidades parceiras do projeto.[Imagem: University of Washington]
Robôs com código aberto

Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, estão lançando uma plataforma open-source para robôs cirurgiões.

"Com todo o mundo trabalhando na mesma plataforma open-source nós poderemos compartilhar mais facilmente novos desenvolvimentos e inovações," afirma Blake Hannaford, um dos idealizadores da plataforma.

Várias equipes ao redor do mundo estão desenvolvendo robôs diferentes, estudando abordagens que não são compatíveis entre si e que, pelo alto custo, acabam não tendo um nível de teste suficiente para que entrem em operação.

"Os pesquisadores e as agências de financiamento estão cansadas de robôs 'filhos únicos', eles querem encarar projetos que usem plataformas padronizadas. Este é o rumo que a área [de robôs cirurgiões] está seguindo," defende o engenheiro.

Sistema operacional para robôs

A base de controle dos robôs é o Robot Operating System, um sistema operacional para robôs de código aberto.

Plataforma aberta coloca robôs em domínio público
Embora se fale em robôs cirurgiões como uma nova classe de robôs, a maioria dos trabalhos na área ainda se limita a criar novos programas de controle para robôs industriais.

"Pesquisadores acadêmicos têm acesso limitado a esses sistemas proprietários," afirma Hannaford. "Nós estamos mudando isto oferecendo um hardware de alta qualidade desenvolvido dentro da universidade.

"Cada laboratório vai começar com um sistema idêntico, totalmente operacional, mas cada um vai mudar o hardware e o software e compartilhar novos desenvolvimentos e novos algoritmos, ao mesmo tempo retendo os direitos de propriedade intelectual de suas próprias inovações," completa o pesquisador.
Inovação tecnológica!!!

Algoritmo encontra 300 cristais para armazenar metano!!!


Estas são algumas das mais promissoras dentre as estruturas metal-orgânicas "idealizadas" pelo programa de simulação.[Imagem: Northwestern University]
Estruturas metal-orgânicas

Um novo algoritmo gera automaticamente estruturas de cristais, e testa essas estruturas virtuais para ver se elas cumprem uma função determinada.

No primeiro uso do sistema, os cientistas estavam procurando cristais porosos capazes de armazenar metano, o mesmo sistema que se pretende utilizar para armazenar hidrogênio em tanques sólidos.

O programa gerou milhões de estruturas cristalinas, selecionando 300 com potencial para atender ao objetivo dos pesquisadores.

Em uma demonstração clara da importância crescente das simulações computadorizadas para a ciência e para a tecnologia, os pesquisadores então puderam sintetizar apenas aquelas estruturas que eram mais promissoras para o armazenamento do gás.

São as chamadas estruturas metal-orgânicas, ou MOFs (Metal-Organic Frameworks), também conhecidas como "cristais esponja", graças aos seus poros em nanoescala, nos quais é possível armazenar gases que normalmente são difíceis de confinar e transportar.

Construção virtual

"Agora que a nossa compreensão da síntese dos materiais está se aproximando do ponto onde nós somos capazes de fabricar quase qualquer material, a questão que se coloca é: quais materiais nós devemos sintetizar," explica o Dr. Randall Snurr, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos.

A resposta está nos simuladores computadorizados, softwares especiais que, partindo de parâmetros definidos, eventualmente dos chamados "primeiros princípios", "constroem" esses materiais virtualmente.

No caso da sintetização das estruturas metal-orgânicas, os cientistas partiram de uma biblioteca de 102 componentes químicos básicos que formam estruturas capazes de armazenar o gás.

Depois de 72 horas rodando em um supercomputador, o programa já havia armazenado 137.000 MOFs que valeria a pena olhar. Com tantos candidatos, os cientistas puderam então aumentar seu nível de exigências sobre o material, o que gerou 300 candidatos promissores.

A etapa muito mais difícil e demorada, a da sintetização propriamente dita, pode então se concentrar nos materiais realmente promissores.

Cristais esponja

Os cristais esponja não são interessantes apenas para o armazenamento de gás, mas também para levar medicamentos a pontos precisos do organismo, capturar poluentes antes que eles sejam lançados na atmosfera ou servir como sensores e como catalisadores.

Mas saber qual MOF serve para o que é algo virtualmente impossível de descobrir na base da tentativa e erro.

"Atualmente os pesquisadores criam novos materiais com base no que eles imaginam que a estrutura atômica deva se parecer," conta Christopher Wilmer, o projetista do novo software. "O algoritmo acelera enormemente esse processo."

Bibliografia:

Large-scale screening of hypothetical metal-organic frameworks
Christopher E. Wilmer, Michael Leaf, Chang Yeon Lee, Omar K. Farha, Brad G. Hauser, Joseph T. Hupp, Randall Q. Snurr
Nature Chemistry
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nchem.1192
Inovação tecnológica!!!